Há um ano a cidade de Itapajé, no interior do Ceará, registrou uma das maiores chacinas ocorridas no estado, quando 10 pessoas foram assassinadas durante um confronto dentro da cadeia pública do município. Sete pessoas foram indiciados pelas mortes, mas mesmo um ano depois nenhum dos acusados foi a julgamento.
Os presos foram assassinados durante o horário de banho de sol. A
Polícia Civil divulgou que o crime foi motivado por desavenças entre os
internos de facções criminosas rivais acentuadas devido à superlotação
da unidade prisional.
"O horário do banho de sol é o momento mais delicado, pois só temos um
agente penitenciário para fiscalizar. Eles ficam soltos no pátio. Assim
que começou o banho de sol, os indivíduos do Comando Vermelho atacaram
os dos PCC. A tragédia só não foi maior porque a delegacia fica muito
próxima da cadeia e conseguimos chegar rápido”, afirmou o delegado André
Firmino à época dos crimes.
Inquérito concluído
O inquérito policial que investigou a chacina foi concluído pela
Delegacia Municipal de Itapajé e remetido à Justiça do Ceará. Os
acusados foram denunciado pelo Ministério Público do Estado do Ceará
(MPCE) por homicídio qualificado. Apesar dos trâmites legais, eles ainda
não foram a julgamento.
Os denunciados foram identificados como Alex Pinto Oliveira Rodrigues,
24; Antônio Jonatan de Sousa Rodrigues, 22; Artur Vaz Ferreira, 26;
Francisco das Chagas de Sousa, 24; Francisco Idson Lima de Sales, 19;
William Alves do Nascimento, 20; e Murilo Borges de Araújo.
Todos os acusados estavam detidos na Cadeia Pública de Itapajé na data
da chacina. De acordo com a Secretaria da Segurança Pública e Defesa
Social (SSPDS), eles tinham antecedentes por diversos crimes, dentre
eles contravenção penal, roubo, porte ilegal de arma de fogo, corrupção
de menor, furto, tentativa de homicídio e homicídio.
Após o ocorrido, a Cadeia Pública de Itapajé manteve o funcionamento com um número reduzido de detentos. No entanto, a unidade foi fechada neste ano devido à série de ataques criminosos no Ceará. O fechamento da cadeia foi uma medida adotada pela Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap).
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