Em um ano, o estudante Joaquim de Nadai, de 18 anos, morador de
Americana (SP), deixou a tristeza pela reprovação para a surpresa e
felicidade de ser o primeiro colocado em um dos cursos mais concorridos
da Fuvest 2019: medicina em Ribeirão Preto (SP). O reconhecimento pelo
resultado, no entanto, não ilude o futuro médico, que minimiza o feito.
"Quem passou comigo é tão capaz quanto eu. Só tive um dia melhor na prova. Assim como quando eu prestei e não passei, estava em um dia ruim", avalia.
Para conseguir o desempenho notável e ser o 1º colocado no segundo
curso mais concorrido da Fuvest, De Nadai conta que focou nos estudos e
fez cursinho no mesmo colégio no qual concluiu o ensino médio.
"Precisei ter muita disciplina. Foi um ano intenso e tive de abdicar de
algumas coisas que gosto. Mantive a capoeira, mas ia uma vez em vez das
três por semana. Estudava de segunda a domingo, sem falta", explica.
Filho de médicos e com o irmão mais velho seguindo o mesmo caminho, De
Nadai explica que pensou em seguir outro caminho, e garante que a opção
por cursar medicina apareceu naturalmente, sem nenhuma influência de
casa.
"Cheguei a pensar em fazer engenharia, mas depois vi que queria algo mais humano, contato com as pessoas", diz.
O estudante de Americana cita um fato curioso por escolher prestar
Fuvest para o curso em Ribeirão Preto, e não na cidade de São Paulo.
"A escolha por Ribeirão Preto não foi apenas pela excelência do curso. É
que tenho problemas com São Paulo. Não gosto muito da cidade, não me
sinto bem lá. Tudo lotado, carros, poluição, e tenho alguns problemas
respiratórios", completa.
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