O Aeroporto Santos Dumont, no Centro do Rio, suspendeu pousos e
decolagens das 7h05 às 7h30 desta terça-feira (29) por causa de barcos
de pesca. Pelo menos seis traineiras navegaram junto à cabeceira da
pista, em área proibida, e a torre de controle precisou interromper as
operações, sob risco de acidentes - turbinas poderiam fazer um barco
adernar.
Às 7h35, um avião prestes a partir teve de percorrer toda a pista para
decolar do lado contrário. Nesse momento, uma das traineiras já tinha se
afastado.
Todo aeroporto estabelece um perímetro de isolamento para decolagens. A
força das turbinas neste momento gera um deslocamento de ar capaz de
virar veículos - e embarcações - e até de matar uma pessoa. A esse fluxo
se dá o nome técnico de "jet blast".
O Santos Dumont, por ficar num aterro na Baía de Guanabara, tem
particularidades. Para se chegar à Escola Naval, vizinha ao aeroporto, é
necessário pegar uma via que passa rente à cabeceira. Cancelas
interditam a rua a cada pouso ou decolagem.
Outra curiosidade é a extensão da pista, pequena para os padrões de
metrópoles - a principal tem 1.323 metros. A do Aeroporto Internacional,
no Galeão, é três vezes maior.
A localização do terminal também exige perícia dos pilotos: a rota de
aproximação passa por morros, como o Pão de Açúcar, ou pela Ponte
Rio-Niterói. A descida também deve ser calculada por causa do mar.
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