sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

Treze toneladas de peixes mortos são retirados da Lagoa Rodrigo de Freitas




A Comlurb retirou 13,6 toneladas de peixes mortos da Lagoa Rodrigo de Freitas, Zona Sul do Rio, nesta quinta-feira (20). Nesta sexta-feira (21), o trabalho de retirada deve continuar.
Na manhã de quinta, uma grande quantidade de peixes mortos boiando chamou a atenção de quem passava pelo local. Segundo o biólogo Mario Moscatelli, as mortes dos peixes podem ter sido causadas por um conjunto de fatores.
"A princípio, você tem lançamento de esgoto, tem o canal do Jardim de Alah que está assoreado e não está havendo troca de água. E esse maçarico ligado. Eu já entrei aqui dentro da água e a água parece banho-maria. Não tem oxigênio para os peixes e o bicho está morrendo", explicou o biólogo. 
Para o biólogo David Zee, o risco desta mortandade era iminente dado o calor excessivo. Segundo ele, a água poluída da Lagoa funciona como alimento para o crescimento acelerado e anormal de microalgas, e o aumento das horas de insolação torna esse processo ainda mais rápido.
Ainda segundo o biólogo, o fenômeno climático El Niño promove as altas temperaturas no sudeste brasileiro, e o bloqueio das entradas de frentes frias deixa as águas costeiras do Rio de Janeiro estagnadas. O biólogo também informou que a baixa renovação das águas da Lagoa Rodrigo de Freitas agrava ainda mais a situação.

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