A Comlurb retirou 13,6 toneladas de peixes mortos da Lagoa Rodrigo de
Freitas, Zona Sul do Rio, nesta quinta-feira (20). Nesta sexta-feira
(21), o trabalho de retirada deve continuar.
Na manhã de quinta, uma grande quantidade de peixes mortos boiando
chamou a atenção de quem passava pelo local. Segundo o biólogo Mario
Moscatelli, as mortes dos peixes podem ter sido causadas por um conjunto
de fatores.
"A princípio, você tem lançamento de esgoto, tem o canal do Jardim de
Alah que está assoreado e não está havendo troca de água. E esse
maçarico ligado. Eu já entrei aqui dentro da água e a água parece
banho-maria. Não tem oxigênio para os peixes e o bicho está morrendo",
explicou o biólogo.
Para o biólogo David Zee, o risco desta mortandade era iminente dado o
calor excessivo. Segundo ele, a água poluída da Lagoa funciona como
alimento para o crescimento acelerado e anormal de microalgas, e o
aumento das horas de insolação torna esse processo ainda mais rápido.
Ainda segundo o biólogo, o fenômeno climático El Niño promove as altas
temperaturas no sudeste brasileiro, e o bloqueio das entradas de frentes
frias deixa as águas costeiras do Rio de Janeiro estagnadas. O biólogo
também informou que a baixa renovação das águas da Lagoa Rodrigo de
Freitas agrava ainda mais a situação.
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