O presidente americano Donald Trump
assinou na noite desta sexta-feira (25) a lei que prevê o financiamento
de parte das agências federais até 15 de fevereiro, e que interrompe
pelas próximas três semanas a paralisação parcial do governo dos Estados Unidos.
A lei põe fim, pelo menos por enquanto, ao "shutdown" e reabre os
serviços federais após 35 dias da mais longa paralisação da história
norte-americana.
No acordo com congressistas para a interrupção temporária,
Trump deixou de fora o dinheiro para financiar obras do muro na
fronteira com o México, ponto que causou o impasse entre governo e
oposição e culminou no "shutdown".
Pouco depois do anúncio do presidente, o Congresso aprovou a medida. No
fim da noite, o presidente assinou o documento, e o governo foi
reaberto.
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A presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, assina acordo
para encerrar paralisação parcial do governo até 15 de fevereiro, ao
lado de congressistas nesta sexta-feira (25) no Capitólio — Foto: Andrew
Harnik/AP Photo
A medida foi celebrada como uma vitória para o Partido Democrata, de
oposição a Trump. "Esperamos que Trump tenha aprendido a lição", disse o
líder do partido no Senado, Chuck Schumer.
Isso porque o presidente estava inflexível sobre o orçamento de cerca
de US$ 5,7 milhões destinados a obra para o muro na fronteira com o
México, rejeitado em dezembro pelo Congresso – o que levou ao chamado
"shutdown".
No entanto, Trump continua a fazer questão de uma barreira física na
fronteira. Em discurso nesta sexta-feira, ele disse que "não precisaria"
ser um muro de concreto em toda a extensão da fronteira. Trump disse,
ainda, que "nunca propôs" esse tipo de barreira, e sim um "muro
inteligente" – sem especificar de que forma essa cerca seria construída.
"Nenhum plano de segurança para a fronteira pode funcionar sem barreira física", disse Trump.
A presidente da Câmara dos Representantes e líder da maioria democrata,
Nancy Pelosi, afirmou que vai procurar uma saída para o impasse sobre a
fronteira com o México. Ela também comemorou a interrupção do
"shutdown", e disse que os servidores públicos vão voltar a receber o
"mais rápido possível". "Nós nos inspiramos na coragem dos trabalhadores
norte-americanos", disse.
Solução para a fronteira
Durante essas três semanas, segundo o presidente, os parlamentares dos
dois partidos devem trabalhar para encontrar uma solução para a
fronteira com o México.
Apesar do retorno momentâneo das atividades de parte do governo, o
"shutdown" pode voltar depois de 15 de fevereiro caso o impasse
continue. Se isso acontecer, Trump promete declarar emergência nacional – o que o permitiria tomar medidas sem precisar de aprovação do Congresso.
Nesta sexta, a falta de controladores aéreos – categoria que estava sem receber por causa do "shutdown" – causou atrasos nos aeroportos dos EUA, inclusive dois terminais na região metropolitana de Nova York.
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