O bairro de Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio, tem registrado as maiores
temperaturas neste começo do verão carioca. Para esta quarta-feira (9),
a expectativa é que os termômetros cheguem a 39ºC. O G1 foi ao bairro para saber como os moradores e quem trabalha na área estão se virando para driblar os efeitos do calor.
O eletricista aposentado Nelson José dos Santos anda com dificuldade
pelo Calçadão de Santa Cruz. Ele não abre mão da toalhinha para enxugar o
suor. "É muito banho, muita água, ventilador em cima, muito refresco e
refrigerante", contou.
Ainda assim, Nelson destaca que sempre chega suado em casa, ao ponto de
ter que torcer a roupa para tirar o suor. "Tá brabo", ele completa.
Debaixo de sol forte na fila do Terminal Santa Cruz do BRT, a
cabeleireira Jaqueline Gomes afirmou que algumas áreas do bairro chegam a
sofrer com a falta de água. Para driblar as altas temperaturas, só
restam medidas paliativas.
"Um lequinho ou água para diminuir o calor", destacou. Mas se não tiver
um leque, qualquer papel que esteja na bolsa pode cumprir esta função.
Francilene Castilho, também moradora de Santa Cruz, reclamava que a fila da condução estava sob o escaldante sol do bairro.
"Vou ficar bronzeada aqui, neguinha. Não preciso nem ir para a praia mais. É só botar o colchão ali e se queimar", ressaltou Francilene.
As toalhinhas como a que Nelson carrega e foram citadas por Jaqueline
são um acessório quase indispensável. Elas são vistas nas mãos de uma
infinidade de pessoas e servem para enxugar o corpo e até como
substitutos de leques.
Calor e lucro
Há quem sofra, mas tem quem fature com o calor. O ambulante Maicon
Almeida Vende mais de 100 águas por dia. "Vende mais suco e água por
causa do verão, né?"
Tamires da Conceição, que trabalha como vendedora, conta que uma das apostas da loja onde trabalha são os chapéus.
"A gente vende uma média de 30 a 40 chapéus. O que faz mais sucesso são
os que têm proteção para as costas", explicou a vendedora. Eles custam
de R$ 10 a R$ 15.
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