Entre os áudios dos detentos estão ameaças de ataques, indicações de
alvos, até procedimentos de como os criminosos deveriam agir. Como
demonstra uma mensagem enviada por um detento: "Uns toca fogo na
prefeitura, uns toca fogo nas coisa lá dos policial, tá ligado?"
O conteúdo das mensagens foi descoberto pela polícia após a apreensão de
407 aparelhos celulares em presídios do Estado no dia 6 de janeiro.
A motivação para os ataques no Estado seria uma reação dos presos à
nomeação e às medidas tomadas pelo secretário da Administração
Penintenciária, Luís Mauro Albuquerque, que foi empossado em 1º de
janeiro. “Vocês vão tirar esse secretário aí dos presídios, vocês vão
ver, vai piorar é pra vocês”, ameça um detento em uma das mensagens de
voz, também divulgada pelo programa da TV Globo.
Áudios também compartilhados em redes sociais revelam o secretário Mauro
Albuquerque ordenando apreensões de celulares e televisores nas
unidades prisionais. "Vamos intensificar as gerais dentro das unidades. É
pra estar dando geral aí até a gente estar arrancando esses celulares
tudinho dentro da cadeia, tá ok?", ordena Albuquerque aos agentes
penitenciários.
Até o 12º dia de ataques foram registrados mais de 200 ataques em 44
municípios do Ceará. Entre os mais recentes estão explosões em pontes
nos municípios de Chorozinho e Tabuleiro do Norte e a derrubada de uma
torre de transmissão de energia em Maracanaú, Região Metropolitana de
Fortaleza.
O número de pessoas presas ou apreendidas suspeitas de participarem dos
ataques criminosos chega a 353, de acordo com o Governo do Estado.
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